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Harmonia
"O budismo não é uma religião nem uma filosofia, mas um meio que consiste em dominar seu espírito afim de alcançar a harmonia e, pela compaixão, oferecê-la aos outros." Henri Cartier-Bresson Essa frase do grande mestre da fotografia também pode ser usada (tomo essa liberdade) para definir a Fotografia Contemplativa. Então ficaria assim: A fotografia Contemplativa não é só fotografia, não é uma religião nem uma filosofia, mas um meio que consiste em dominar seu olhar afim de alcançar a harmonia e oferecê-la aos outros. Isso não é a toa, já que Cartier-Bresson foi o maior fotógrafo do século XX, budista, e mesmo sem saber um precursor da Fotografia Contemplativa. Não é a toa que esse livro me foi dado como presente, assim a harmonia se amplia e se espalha. A fotografia Contemplativa é o meio pelo qual eu busco harmonia, e também uma forma de compartilhar essa harmonia com o mundo. O propósito de fazermos Fotografia Contemplativa não é apenas de encontrarmos a "nossa" harmonia, de vermos a beleza nas coisas simples, mas também de levar isso à outros campos de nossa vida, muito além da fotografia, e também aos outros, captando a beleza dada pelo mundo e a devolvendo para o próprio mundo. Lembrando o significado da palavra beleza: 1.
qualidade, propriedade, caráter ou virtude do que é belo; manifestação característica do belo. Dentro de toda essa concepção, dentro dessa forma de entender o mundo e a vida, não teria sentido fazermos algo apenas para nós mesmos, fotografar apenas por vaidade. A Fotografia Contemplativa propõe fotografa como parte de uma busca por simplicidade e harmonia. Harmonia: 1.
combinação de elementos ligados por uma relação de pertinência, que produz uma sensação agradável e de prazer. Talvez estejamos distantes de conseguir uma harmonia total com o mundo, com as pessoas, mas podemos escolher caminhar na direção dessa harmonia, buscando pertinência, sentido, diminuindo conflitos. Como a Fotografia Contemplativa ajudaria nisso? Com o exercício de valorizar e admirar o comum, encontrar a beleza no cotidiano, ter prazer nos dias simples, perceber sinais de harmonia quando estes existirem e poder escolher aproveitá-los. Foto: São Francisco do Sul, SC, 2012, por Yuri Bittar O imaginário segundo a natureza, de Henri Cartier-Bresson, editora GG, 2015 (artigo revisado em 02/08/2018)
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